O CLONE - CAPÍTULO 05


Há dezoito anos, Jade ficou órfã e deixou o Brasil retornando para o Marrocos, onde passou a viver com sua família muçulmana, comandada com mãos de ferro pelo tio Ali. Ele está empenhando em fazer a sobrinha reconciliar-se com a religião islâmica. Jade conhece o brasileiro Lucas, que está de férias na região, e os dois se apaixonam. Porém, uma série de fatos impede essa união. O primeiro deles é a oposição de Ali, que, apesar da rebeldia da sobrinha, a obriga a seguir os ensinamentos do Alcorão, livro sagrado islâmico, e lhe arranja um casamento com o conterrâneo Said.

Diogo, irmão gêmeo de Lucas, morreu em conseqüência da explosão de seu helicóptero no Rio de Janeiro. Antes da tragédia, Diogo estava no Marrocos com o irmão e havia brigado violentamente com o seu pai, o milionário Leônidas Ferraz, por este tê-lo preterido em favor de Yvete, mulher com quem o rapaz teve uma aventura amorosa sem saber que era a namorada de seu pai, na noite anterior à chegada dele ao Marrocos. O falecimento de Diogo causa um profundo remorso em Leônidas, que passa a fugir constantemente de Yvete, cujas intrigas causaram desentendimentos entre pai e filho.

Apesar das mágoas, Leônidas exige de Lucas que cuide de suas empresas. O rapaz, retraído e sonhador, bem diferente do falecido irmão, almeja ser músico. Porém, Leônidas não ouve os argumentos do filho e os projetos dele não são concretizados. Com as pressões do pai, Lucas é obrigado a abandonar Jade, o seu grande amor. A partir daí começa a se desenrolar a trajetória de sua infeliz união com Maysa, que foi namorada do Diogo anteriormente. Os dois viverão discutindo e, com isso, Mel, a filha do casal, se envolverá com drogas.

O padrinho de Diogo, o cientista Albieri, nunca se conformou com a sua morte e decide fazer um clone do gêmeo Lucas a partir de uma célula somática. A célula é introduzida em segredo nos óvulos colhidos em laboratório vindos de Deusa, uma manicure que almeja ter um filho por meio de inseminação artificial. Entretanto, ela desconhece a verdade: não houve fertilização de seus óvulos com o sêmen de um doador, e sim, a experiência genética de Albieri. Deusa serviu apenas como mãe de aluguel para o clone de Lucas, criado por Albieri, batizado de Leandro – o Léo.

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